A EVOLUÇÃO DAS MÍDIAS

Faz mais de cinco anos que saí da universidade, e lembro claramente como a tecnologia ainda era um assunto um pouco distante da realidade nas mídias brasileiras, em especial para as cidades do interior, como Caxias do Sul, onde eu estudava e Vacaria, minha cidade natal, da qual falo neste momento.

Aí você deve estar pensando: “Cinco anos? Tão pouco tempo, em que mundo você vivia?” E eu te digo, em um mundo em que ter um smartphone era para poucos e que eu mesma ainda não conhecia, desculpa a sinceridade… Lembro de uma colega que tinha um BlackBerry e fazia um sucesso tremendo! Rsrsrs.

Bom, mas o ponto ao qual eu quero chegar vai para dentro da sala de aula que eu frequentava. Vai para as aulas da disciplina de Redação Jornalística do professor Paulo Ribeiro, mestre que me ensinou na ponta das suas canetas vermelhas onde deve estar o que de cada texto e o que pode e não pode em relação à ética jornalística. Vai para as aulas de Telejornalismo da professora Marliva Vanti Gonçalves, que me ensinou a ler a alma dos entrevistados e o que existe por trás do que eles dizem, a captar os sentimentos mais emocionantes sem desrespeitar a fonte.

Enfim, me enrolei mais uma vez e não disse o que queria dizer, afinal, relembrar esses ensinamentos me levam para uma das épocas de maior aprendizado da minha vida, de maior absorção de conhecimento. O assunto ao qual me refiro é sobre como as coisas mudam e como são rápidas. Esses mesmos professores foram os que me disseram há pouco mais de cinco anos e que colocavam um brilho nos nossos olhos quando diziam que seria possível no futuro fazer TV Digital, conversar com pessoas à distância, em tempo real olhando um nos olhos do outro. E, para mim… aquilo parecia tão impossível, lembro que ficávamos deslumbrados com tal possibilidade!

Ah! se soubéssemos da criatividade do tio Marck (criador do Facebook), dos amigos Brian Acton e Jan Koum (criadores do WhatsApp), e claro, de diversos outros que surgiram. Se soubéssemos, nunca teríamos acreditado na possibilidade da extinção do jornal impresso, algo bem agressivo para nós jornalistas. E o que tem a ver o jornal impresso com as redes sociais? Ora, muita coisa.

Pesquisas brasileiras, já apontam que o Twitter, por exemplo, concorre fortemente com os editoriais impressos, afinal, esses mesmos meios de comunicação estão nas redes, e devido ao imediatismo das informações, é lá que as notícias acabam caindo antes de irem para as rotativas.

Essa mudança das mídias tem forte impacto em diversos aspectos, econômico, pois veículos tradicionais acabaram tendo forte queda em suas redações, e por outro lado, quem trabalha com mídia online ganhou muito. O aspecto social, afinal, os usuários estão muito mais “conectados” atualmente, todos têm acesso fácil às informações, tudo está ao alcance de suas mãos. E, porque não o aspecto cultural? Afinal, tendo acesso fácil à outras culturas, mesmo que seja via internet, o encontro é instantâneo.

Abordei diversos aspectos em diversas situações para que você perceba que quando falamos de mídia, uma coisa influencia outra e também está interligada uma na outra. Aí vimos a importância dos meios de comunicação e como a tecnologia é uma ferramenta poderosa. Afinal quem diria que aquilo que a minha professora Marliva disse, sobre TV Digital ia em menos de cinco anos ser tão comum, como é hoje em dia? E ainda, um segredo, que agora não é mais: quem diria que o meu tão sonhado emprego em uma redação não fosse vivido e eu estaria em uma agência de publicidade e marketing?

O mundo dá voltas e nos surpreende! Tudo culpa da tecnologia!