MATURIDADE DO MERCADO

Quem acompanha de perto a maturidade do mercado mundial, consegue perceber que todo esse frisson em torno da internet, nada mais é que uma resposta, uma reação as exigências do consumidor do século XXI.

Se hoje temos ferramentas suficientes para escolher, pesquisar, reclamar, promover ou divulgar qualquer coisa que nos agrade ou não, eu pergunto: Por que iríamos abrir mão disso? As ferramentas web estão aí. Em segundos podemos ter descrições, manuais, tutoriais, comparativos de preço e opiniões de diversos usuários sobre a usabilidade dos produtos, sua garantia, durabilidade, etc.

A maturidade do mercado a que me refiro, é a mesma que espero que ainda chegue até a política. Se vamos pagar, precisamos exigir qualidade.  Brasil acorda! Não somos mais colônia! Não precisamos mais trocar nosso ouro por enxadas de Portugal, por simples falta de opção.

Claro que ainda temos muito a aprender, mas é inegável a evolução. As grandes empresas vêm suando a camisa para manter a atração do consumidor sobre seus produtos. Elas perceberam que aquela mulher maravilhosa incentivando o consumo de um produto em horário nobre, numa propaganda no intervalo da novela, já não tem mais o mesmo poder de persuasão.

Os consumidores querem mais. Por exemplo: João gosta do produto A, mas José prefere o B por que não entende o funcionamento do produto A. A propaganda lhe diz que o produto A é melhor que o B, mas não traz informações suficientes. Então José liga para um SAC (serviço de atendimento ao cliente) em busca destas informações e é atendido por alguém que lhe diz para procurar uma loja para obter estas informações. Na loja, o vendedor precisa vender, então, José sabe que esta informação é tendenciosa, o que fazer?

Este é o tipo do problema clássico do século XX. A informação tardava a chegar, o que reforçava o poder da propaganda. Se a necessidade ou desejo do consumidor fosse maior que sua paciência e persistência para esperar colher mais informações, ele acabava decidindo por impulso. Isso ainda acontece hoje, e aos montes, mas os consumidores mais bem informados já não caem nesta armadilha.

É preciso ser relevante, transparente, oferecer muita informação, gerar muito conteúdo, montar uma estratégia completa de comunicação, que contemple a publicidade, utilizando-se também da propaganda, para se tornar aos olhos do consumidor, confiável, acompanhando assim a tal maturidade do mercado a qual nos referimos. O famoso e tão desejado sim, não vem mais apenas do impulso ou da desobservância de consumidores desinformados aos detalhes.

Aqueles que ainda relutam por permanecer com o comportamento do século XX, não contemplando a maturidade, vêem aos poucos os seus clientes sumindo, e cada vez mais imunes as suas investidas em propagandas e promoções.

Se você ainda não se convenceu que estamos falando do presente, já com cases de sucessosólidos no passado, e não de um futuro prometido pelos filmes; amigo, passou da hora de rever os seus conceitos. Talvez você seja um bravo empreendedor da geração X, que construiu o seu patrimônio sem a ajuda desta estranha internet, que chega ao fim da festa e se diz indispensável. Sendo assim, consigo entender perfeitamente sua posição, mas assim é com toda a grande tendência dominante, e tem sido por toda a história.

Se para as gerações X e Y a inserção no mundo “online” é uma questão de opção ou escolha, para a geração Z essa escolha inexistirá. Para eles não existirá mundo sem internet. Nem sequer o jargão online será usado, é óbvio que será online, será como dizer hoje: Vou me conectar as tubulações para tomar um banho de água encanada.

Então amigos, precisamos entender que Web Marketing não é uma substituição do modelo tradicional de se fazer Marketing por um novo e revolucionário. O marketing evoluiu, o consumidor evoluiu, as ferramentas se aprimoraram, a informação voa a velocidades cavalares, gerando inúmeras porções de conhecimento em toda a face do planeta.

A internet é democrática, e as pessoas a ela conectadas premiam as melhores estratégias e iniciativas, venham elas de uma multinacional ou de um garoto de oito anos que cria um aplicativo para Ipod e fica milionário em poucos meses.

Esse é o poder do novo, do desconhecido, isto prova que ainda não conhecemos todo o potencial desta integração globalizada e instantânea. O que sabemos é que não podemos ficar de fora, precisamos estar na ponta, acompanhando passo-a-passo essa evolução do mercado, para não sermos pegos de surpresa por algo que derrube em segundos trabalhos de toda uma vida.

E você, o que acha desta nova fase do marketing e do mercado, e como isso influencia no dia-a-dia das empresas no Brasil?